Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Resultados da correção cirúrgica de esotropias de grande ângulo, em portadores de baixa de acuidade visual unilateral

2000; Conselho Brasileiro de Oftalmologia; Volume: 63; Issue: 5 Linguagem: Português

10.1590/s0004-27492000000500007

ISSN

1678-2925

Autores

Jorge Antônio Meireles Teixeira, R.P Cunha, Tomás Scalamandré Mendonça,

Tópico(s)

Ophthalmology and Visual Impairment Studies

Resumo

Objetivo: Avaliar os resultados cirúrgicos de esotropias de grande ângulo (no mínimo 60 dioptrias prismáticas - dp), associadas à baixa de acuidade visual (BAV) unilateral, cuja cirurgia foi planejada com o intuito de não se operar o olho de melhor visão. Casuística e Métodos: Foram selecionados 17 casos de esotropias não-acomodativas, associadas à BAV (AV <= 0,4 no olho não-fixador, com a melhor correção) e sem tratamento cirúrgico prévio. Foi considerado bom resultado desvio pós-operatório de no máximo 10 dp, com rotações binoculares de até -2 de reto medial e +2 de reto lateral, regular XT / ET entre 10 e 15 dp, inclusive, ou rotações de ± 3 e ruim se tinha XT / ET > 15 dp ou rotações de ± 4. Resultados: 13 (76,4%) tinham AV de conta-dedos no olho não-fixador, 2 (11,7%) atingiam 0,1 e outros 2 (11,7%) 0,4. Em 3 havia alta miopia (equivalente esférico > ou = -6,00 dioptrias esféricas) em ambos os olhos. Entre os 17 pacientes, 12 (70,5%) obtiveram bom resultado cirúrgico, 3 (17,6%) foram regulares e 2 (11,7%) ruins. Conclusão: A cirurgia de estrabismo sob anestesia tópica mostrou ser eficaz e segura nestes casos especiais de BAV em um dos olhos, sendo que na maioria das vezes consegue-se não operar o olho de melhor visão; o que a nosso ver, só se tornou possível pelo uso da anestesia tópica.

Referência(s)