
Estamos preparados para diagnosticar e conduzir um episódio de hipertermia maligna?
2003; Elsevier BV; Volume: 53; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s0034-70942003000200012
ISSN1806-907X
AutoresCláudia Marquez Simões, Giovanna Negrisoli Koishi, Marcelo Rozatti, José Luiz Gomes do Amaral,
Tópico(s)Ion channel regulation and function
ResumoJUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A Hipertermia Maligna é doença rara e potencialmente fatal associada à exposição a agentes halogenados e succinilcolina. A mortalidade e morbidade resultante pode ser reduzida pelo diagnóstico precoce e tratamento específico, o que inclui o dantrolene sódico. A população brasileira é de aproximadamente 160 milhões de habitantes assistidos por mais de 6000 anestesiologistas. Na última década, sobretudo, considerável atenção foi dada à esta doença, disto resultando especialistas melhor informados e mais hospitais aparelhados para trata-la. Este estudo visa avaliar o nível atual de informação acerca da Hipertermia Maligna entre os anestesiologistas brasileiros, de sorte a orientar novas iniciativas voltadas para o controle desta afecção. MÉTODO: Vinte questões sobre diagnóstico, prevenção e tratamento da Hipertermia Maligna foram enviadas aos 6164 membros da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA). RESULTADOS: Seiscentos e quarenta e seis anestesiologistas (10,4%) responderam às questões. Foram obtidas mais de 90% das respostas corretas sobre diagnóstico e tratamento. Por outro lado, aproximadamente 50% das respostas sobre indicação da biópsia muscular e farmacologia do dantrolene estavam erradas. CONCLUSÕES: Os resultados acima refletem nível satisfatório de informação sobre este assunto, indicando alguns relevantes aspectos da doença que merecem atenção adicional. O número de respostas é significativo para avaliação do grau de conhecimento sobre este assunto, mas denota insuficiente motivação. Destes achados conclui-se ser necessário ampliar os esforços de educação continuada, contemplando todo os diferentes tópicos deste importante tema da Anestesiologia.
Referência(s)