Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Biodiversidade de mosquitos (Diptera: Culicidae) nos parques da cidade de São Paulo I

2013; Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de SP; Volume: 13; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s1676-06032013000100030

ISSN

1678-7927

Autores

Antônio Ralph Medeiros‐Sousa, Walter Ceretti-Júnior, Paulo Roberto Urbinatti, Délsio Natal, Gabriela Cristina de Carvalho, Márcia Bicudo de Paula, Aristides Fernandes, Maria Helena Silva Homem de Mello, Rosane Correia de Oliveira, Lilian Dias Orico, Elisabeth Fernandes Bertoletti Gonçalves, Mauro Toledo Marrelli,

Tópico(s)

Viral Infections and Vectors

Resumo

Diante da escassez de informações sobre mosquitos (Diptera: Culicidae) na cidade de São Paulo, foi proposto um projeto para estudar esse grupo de insetos nas áreas verdes representadas pelos parques municipais da cidade. Foram investigados 35 desses parques distribuídos nas regiões sul, norte e centro-oeste da cidade, entre outubro de 2010 e fevereiro de 2011 em período diurno. Os imaturos foram coletados dos criadouros por meio de conchas entomológicas e bomba de sucção e os adultos foram capturados em seus abrigos por aspirador elétrico (bateria de 12V). A identificação e catalogação de espécimes foram feitas no Laboratório de Entomologia da Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo. Nesta primeira fase do projeto, coletou-se um total de 5.129 espécimes distribuídos em 11 gêneros e 41 categorias taxonômicas. Culex (Cux.) quinquefasciatus foi a espécie mais abundante. O gênero Aedes foi representado principalmente por Ae. (Och.) fluviatilis e Ae. (Ste.) albopictus. Ae. (Ste.) aegypti e Ae. (Och.)scapularis também foram frequentes em alguns parques. Os demais gêneros apresentaram-se pouco abundantes. Dos parques, 25,7% apresentaram mais de dez grupos, com destaque para o Anhanguera com 26; em contrapartida, 57,1% apresentaram cinco ou menos grupos. Apesar da pressão antrópica sobre esses ambientes, diversas espécies de culicídeos se utilizam destes habitats para a manutenção e refúgio de suas populações. É recomendado que estes ambientes estejam sob constante vigilância epidemiológica, visto que algumas das espécies coletadas possuem importância em saúde pública como vetoras de patógenos à população humana.

Referência(s)