Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Conhecer o Entusiasmo

2012; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA; Volume: 12; Issue: 17 Linguagem: Português

10.5007/1984-784x.2012v12n17p29

ISSN

1984-784X

Autores

Leonardo D'Ávila de Oliveira,

Tópico(s)

Literature, Culture, and Criticism

Resumo

O entusiasmo é classicamente definido como aquilo que não é capaz de produzir conhecimento elaborado (epistéme). Entretanto, essa relação entre o pathos como inspiração e a filosofia, a lógica ou a ciência, geralmente foi evitada em detrimento de estudos que procuravam conceituar a inspiração artística em si. Nesse sentido, apesar do entusiasmo ter sido pensado de modos muito variados, e por vezes discordantes, como, na modernidade, em fanatismo para os classicistas ou dom universal para os românticos, todos mantêm-no como um antípoda do conhecimento científico. Entretanto, procura-se demonstrar algumas insurgências contra esse lugar comum a partir de textualidades da segunda metade do século XIX, mais especificamente em Flaubert, Walt Whitman e Henry James. Evidencia-se como em alguns escritos é possível notar gestos de pretensão gnoseológica em relação ao pathos, mesmo que para isso abandonem uma pretensão de verdade e reconheçam-se dotados de paixão.

Referência(s)