
Polarização da cárie em município sem água fluoretada
2003; Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz; Volume: 19; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/s0102-311x2003000100026
ISSN1678-4464
AutoresLuciana Cardoso, Cassiano Kuchenbecker Rösing, Paulo Floriani Kramer, Carolina Covolo da Costa, Luiz Cesar da Costa Filho,
Tópico(s)Dental Health and Care Utilization
ResumoA maior exposição da população brasileira ao flúor da água e dos dentifrícios fluoretados tem sido apontada como principal responsável pela redução da prevalência de cárie. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a distribuição da cárie em uma população de 437 crianças, com idades entre 6 e 12 anos, residentes em uma cidade sem sistema de fluoretação da água de abastecimento e sem programa odontológico preventivo, podendo, com isso, orientar futuras ações de saúde com melhor desempenho no que diz respeito à relação custo-efetividade. Para tanto, foi realizado exame clínico em todas as crianças para avaliação dos índices CPO-S e ceo-s, o que representa o número de superfícies dentárias cariadas, perdidas ou com extração indicada e restauradas. A análise de freqüência acumulada da doença em relação à freqüência acumulada da população mostrou que 37% das crianças concentravam 70% da doença, com um ceo-s + CPO-S médio de 28,6. Essa distribuição evidencia o fenômeno da polarização, no qual uma pequena parcela da população concentra a maior parte da doença e das necessidades de tratamento.
Referência(s)