
Caracterização estrutural e petrológica de metatonalitos e metadioritos do Complexo Arroio dos Ratos na sua seção-tipo, região de Quitéria, RS
2011; Volume: 38; Issue: 1 Linguagem: Português
10.22456/1807-9806.23837
ISSN1807-9806
AutoresTiago Rafael Gregory, Maria de Fátima Bitencourt, Lauro Valentim Stoll Nardi,
Tópico(s)Geological formations and processes
ResumoO Complexo Arroio dos Ratos faz parte do embasamento do Batólito Pelotas, no Escudo Sulrio-grandense. O mapeamento geológico-estrutural de sua seção-tipo, na região de Quitéria, RS, levou à identificação de um conjunto de rochas tonalíticas a dioríticas foliadas, denominado Associação 1 (A1), intrudido discordantemente por rochas de composição similar. O embasamento destes tipos litológicos compreende gnaisses calcissilicáticos, gnaisses tonalíticos e rochas metavulcano-sedimentares. A A1 é composta por granada-biotita metatonalitos de granulação média a grossa e por metadioritos a metatonalitos de granulação fina, com granada restrita aos termos mais diferenciados. As relações de campo indicam que os termos finos constituem diques sinplutônicos intrudidos nos demais. Em ambos os grupos, a textura granoblástica é atribuída à recristalização sob temperaturas compatíveis com as da fácies anfibolito superior a granulito. A foliação S tem direção NW-SE a EW e a sua dispersão é atribuída 1 principalmente aos efeitos das dobras F2 , cujo eixo tem caimento baixo a médio para WSW, coincidente com a posição da lineação de estiramento, LX . Retirando-se os efeitos das dobras F2 , a geometria original da foliação na A1 teria sido sub-horizontal, com mergulho suave para WSW. O sentido de movimento dado por estruturas de macro e microescala indica topo para E. Os metatonalitos e metadioritos da A1 são meta a peraluminosos e pertencem à série cálcio-alcalina de médio a alto-K. O comportamento dos elementos maiores e traços e o padrão de fracionamento moderado dos ETR, com enriquecimento dos leves em relação aos pesados, indicam ambiente de arco continental maduro para o magmatismo desta associação e a mesma é comparável a associações TTG. Dados preliminares situam a A1 no Paleoproterozóico e o conjunto das informações permite compará-las aos ortognaisses do Complexo Encantadas, embora estes registrem com mais intensidade o metamorfismo regional orogênico. Assim, presume-se que as rochas da A1 representem o registro da fase mais madura do mesmo arco continental onde teria se gerado o Complexo Encantadas.
Referência(s)