Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Revacinação BCG em escolares: evolução da lesão vacinal entre 48 horas e 10 semanas

2002; Elsevier BV; Volume: 78; Issue: 4 Linguagem: Português

10.1590/s0021-75572002000400007

ISSN

1678-4782

Autores

Arlan A. Ferreira, Maria de Fátima C. Ferreira, Edna A. Macedo, Ivanise Cunha, Susilei L. Santos, Antonia R. Reis, Mariella G. Fortunato, Ângela A. Siquinelli, Anna B. Figueiredo, Ivana Menezes, Wladmir D. Moreno,

Tópico(s)

Pediatric health and respiratory diseases

Resumo

Objetivo: a reação cutânea na revacinação BCG tem sido motivo de questionamentos dado à sua magnitude. Seria ela intensa o suficiente para desencorajar seu uso na idade escolar? O objetivo deste estudo é descrever o aspecto evolutivo da lesão vacinal entre 48 horas e a décima semana pós-revacinação. Métodos: estudo de coorte descritivo em que foram revacinadas 484 crianças entre seis e 11 anos de idade, com 0,1ml da vacina BCG Moreau, e aferidos eritema, enduração, pústula, úlcera, crosta e cicatriz em 48h, 72h e, semanalmente, até a décima semana de evolução, acompanhadas no período de julho a dezembro de 1997. Os dados foram informatizados em programa Epi-Info 6.0, avaliando-se freqüências, médias, medianas e desvios-padrões. Resultados: enduração estava presente em 99,1%, e eritema em 91,6% das 438 crianças avaliadas com 48h. Pústulas foram observadas na primeira semana em 26,1% de 479 crianças. Na segunda semana, já apareceram as primeiras úlceras. Na décima semana, 69,8% das 463 crianças presentes exibiam crostas, mas apenas 29,2% havia completado o processo de cicatrização. Conclusão: a revacinação BCG em escolares produz intensa e precoce reação, que pode ser atribuível ao fenômeno de Koch, mas sem a esperada redução no tempo de cicatrização. Se por um lado a magnitude da reação não chega a comprometer sua indicação na idade escolar, a pronta resposta inflamatória aponta para a ativa resposta imune possivelmente remanescente da primo-vacinação.

Referência(s)
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