
Avaliação morfológica de diferentes técnicas de desepitelização da membrana amniótica humana
2007; Conselho Brasileiro de Oftalmologia; Volume: 70; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s0004-27492007000300005
ISSN1678-2925
AutoresGustavo Barreto Melo, José Álvaro Pereira Gomes, Maria Aparecida da Glória, Maria Cristina Martins, Edna Freymüller Haapalainen,
Tópico(s)Ocular Surface and Contact Lens
ResumoOBJETIVO: Avaliar as características morfológicas da membrana amniótica desepitelizada por diferentes técnicas. MÉTODOS: A membrana amniótica humana foi coletada no momento do parto, fixada em concentrações crescentes de glicerol (0-50% em DMEM) e preservada a 80°C até a hora de ser usada. O estudo consistiu de 4 grupos: epitélio intacto (controle) e membranas desepitelizadas pela tripsina (2 mg/mL a 1:250), dispase (1,2 U/mL em solução salina balanceada de Hank livre de Mg2+ e Ca2+) e ácido etilenodiaminotetra-acético (EDTA), 0,02%). As amostras foram submetidas à análise por microscopia eletrônica (de varredura e de transmissão). RESULTADOS: A microscopia eletrônica de varredura mostrou epitélio intacto no grupo controle e sua ausência nas membranas amnióticas desepitelizadas pela tripsina e pela dispase. Naquelas tratadas com o ácido etilenodiaminotetra-acético, havia áreas com e sem epitélio. Quando avaliadas pela microscopia eletrônica de transmissão, o epitélio estava intacto e firmemente aderido à membrana basal através de hemidesmossomos nos grupos controle e em parte do ácido etilenodiaminotetra-acético. Havia apenas fibras colágenas nas membranas tratadas com dispase e tripsina. CONCLUSÕES: O tratamento da membrana amniótica com tripsina e dispase pode causar completa retirada do epitélio e da membrana basal, ao passo que o ácido etileno- diaminotetra-acético pode preservar áreas com epitélio intacto e parcialmente destruir a membrana basal em outras.
Referência(s)