
As American girls: migração, sexo e status imperial em 1918
2009; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL; Volume: 15; Issue: 31 Linguagem: Português
10.1590/s0104-71832009000100004
ISSN1806-9983
AutoresThaddeus Gregory Blanchette, Ana Paula Silva,
Tópico(s)Feminism, Gender, and Intersectionality
ResumoO presente trabalho, baseado em pesquisas históricas nos documentos do Consulado Americano no Rio de Janeiro, analisa um caso envolvendo a prostituição de mulheres estadunidenses naquela cidade, em 1918. Taxadas pelo cônsul americano como "escravas brancas", as dançarinas da companhia de burlesque Baxter and Willard Company quase foram expulsas do Brasil por causa de suas atividades como prostitutas. Analisamos a história delas à luz das pressões políticas e sociais da época. Dedicamos atenção particular sobre como as novas tecnologias de controle da circulação internacional (passaportes) se combinavam com o pânico social sobre a escravidão branca e os projetos políticos dos EUA frente às Américas. Nesse caso, a retórica sobre a proteção das vulneráveis foi utilizada para tentar bloquear a migração de mulheres "impuras" cujas ações e atitudes expuseram os Estados Unidos ao ridículo.
Referência(s)