
Incidência de Enterococcus resistente à vancomicina em hospital universitário no Brasil
2005; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 39; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/s0034-89102005000100006
ISSN1518-8787
AutoresGuilherme Henrique Campos Furtado, Sinaida Teixeira Martins, Ana Paula Coutinho, Gláucia Marília Moreira Soares, Sérgio Barsanti Wey, Eduardo Alexandrino Medeiros,
Tópico(s)Bacterial Identification and Susceptibility Testing
ResumoOBJETIVO: O enterococo resistente à vancomicina é atualmente um dos principais microorganismos implicados em infecções nosocomiais. Assim, realizou-se estudo com o objetivo de avaliar sua epidemiologia em um hospital terciário de ensino. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico retrospectivo, realizado de 2000 a 2002, que analisou amostras de culturas clínicas positivas para enterococo resistente à vancomicina (VRE) em um hospital universitário com 660 leitos. Procurou-se definir sua incidência e os principais sítios e unidades de isolamento. Foi verificada a significância entre as variáveis nos três anos de estudo, sendo considerado como significante p<0,05. RESULTADOS: Houve aumento progressivo na resistência à vancomicina nas culturas clínicas positivas para Enterococcus spp. nos três anos de estudo. Em 2000, 9,5% das amostras eram resistentes à vancomicina, com aumento para 14,7% em 2001 e 15,8% em 2002. As unidades com maior número de isolados foram respectivamente: pronto-socorro (19,5%) e UTI geral (15%); os sítios mais isolados foram: urina (36%) e sangue (20%). CONCLUSÕES: Com o aumento progressivo na incidência de resistência à vancomicina e da taxa de VRE, concluiu-se ser necessárias medidas de controle mais efetivas para deter a disseminação do VRE.
Referência(s)