
Homocisteinemia em mulheres com síndrome dos ovários policísticos
2010; Thieme Medical Publishers (Germany); Volume: 32; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s0100-72032010000300005
ISSN1806-9339
AutoresJoeline Maria Cleto Cerqueira, Laura Olinda Bregieiro Fernandes Costa, Andrea de Almeida Vasconcelos Nogueira, Daniela Celestino Catão da Silva, Dilênia de Oliveira Cipriano Torres, Ana Célia Oliveira dos Santos,
Tópico(s)Sexual Differentiation and Disorders
ResumoOBJETIVOS: comparar os níveis sanguíneos de homocisteína em mulheres com e sem a síndrome dos ovários policísticos (SOP) e correlacioná-los com os parâmetros clínicos, hormonais e metabólicos. MÉTODOS: estudo tipo corte transversal com 110 mulheres: 56 com SOP e 54 controles normais. As pacientes foram submetidas à anamnese, exame físico e ultrassonografia pélvica, dosagens de homocisteína, da proteína C reativa (PCR), glicose, insulina, hormônio folículo-estimulante (FSH), hormônio luteinizante (LH), hormônio tireoide-estimulante (TSH), tiroxina livre (T4L), prolactina e testosterona.. Para análise estatística, foram usados os testes t de Student, χ2 e a correlação de Pearson. A realização da análise multivariada, pelo método "enter", foi utilizada para verificar a associação independente entre as variáveis. RESULTADOS: encontrou-se um aumento significativo na média dos níveis plasmáticos de homocisteína nas pacientes com SOP quando comparadas ao Grupo Controle (5,9±2,9 versus 5,1±1,3 µmol/L; p=0,01). Como era esperado, por fazerem parte do quadro clínico da SOP, o índice de massa corpórea, circunferência abdominal, colesterol total, colesterol HDL, triglicerídeos, insulina e HOMA também se mostraram com diferenças significativas entre os dois grupos. Houve correlação da SOP e do IMC com os níveis de homocisteína. A análise multivariada mostrou que a SOP por si só não se correlaciona com altos níveis de homocisteína. CONCLUSÕES: pacientes com SOP estão expostas a níveis significativamente altos de homocisteína, porém outros fatores intrínsecos à síndrome, e não identificados neste estudo, seriam os responsáveis por esta alteração.
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