Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

O uso de palmadas e surras como prática educativa

2004; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE; Volume: 9; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s1413-294x2004000200004

ISSN

1678-4669

Autores

Lídia Natália Dobrianskyj Weber, Ana Paula Viezzer, Olivia Justen Brandenburg,

Tópico(s)

Bullying, Victimization, and Aggression

Resumo

Esta pesquisa identificou as práticas educativas parentais, com ênfase em castigos e punições corporais, por meio do relato de estudantes. Responderam a um questionário com 61 questões, 472 crianças e adolescentes de ambos os sexos e com idade entre oito e 16 anos. A maioria dos participantes relatou que já recebera punições corporais (88,1%) e castigos (64,8%). Sobre punições corporais, 86,1% apanharam da mãe e 58,6% apanharam do pai; 36,9% dos participantes relataram que já ficaram machucados. A maioria dos participantes apanhou nas nádegas (64,7%), e os punidores utilizaram mais freqüentemente as próprias mãos (62,3%), embora cinto (43,0%) e chinelo (42,3%) também tenham servido para punir. A avaliação que os participantes fizeram sobre os métodos disciplinares revelou uma contradição: 75,2% concordaram que, quando fazem coisas erradas, as crianças devem apanhar, mas somente 34,5% afirmaram que utilizarão punições corporais em seus filhos, e um número considerável (27,1%) afirmou estar em dúvida. As implicações do uso da punição corporal foram discutidas.

Referência(s)