
O "trabalhador moral" na saúde: reflexões sobre um conceito
2007; Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp); Volume: 11; Issue: 22 Linguagem: Português
10.1590/s1414-32832007000200012
ISSN1807-5762
AutoresLuiz Carlos de Oliveira Cecílio,
Tópico(s)Youth, Drugs, and Violence
ResumoA mentira do ideal se torna a maldição suspensa acima da realidade (Nietzsche apud Guatarri, 1992, p.133) Ao se discutir uma teoria da ação, na perspectiva da gestão em saúde, dois cuidados devem ser tomados.O primeiro é o desvio funcionalista, digamos assim, de enxergar o trabalhador pelas "funções" que exerce dentro da organização.O termo "recursos humanos" é a tradução da concepção funcionalista: definições rígidas de atribuições, papéis e perfis ideais.Não há atores, há papéis: o homem reduzido a um dos recursos necessários para o sistema funcionar.Visão instrumental do homem que atravessa toda a Teoria Geral da Administração e suas "escolas" e ainda sobrevive em parte expressiva da produção dos autores que escrevem sobre gestão em saúde (Lins, 2004).Falar em "gestão de pessoas" é uma expressão de tal concepção -gestão de material, gestão de medicamentos, gestão de pessoas.O segundo cuidado é não tomarmos, como a problemática, a existência do que estou designando, neste texto, como "trabalhador moral".O trabalhador moral é aquele que fará adesão automática a determinados conceitos,
Referência(s)