Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

O pai que não é o patrão: vivências de sujeitos terceirizados no Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul

2007; UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA; Volume: 14; Issue: 42 Linguagem: Português

10.1590/s1984-92302007000300006

ISSN

1984-9230

Autores

Sílvia Generali da Costa,

Tópico(s)

Employment and Welfare Studies

Resumo

A redução da oferta de empregos e o capitalismo flexível vêm ensejando a prática de diferentes vínculos trabalhistas, tais como a terceirização, os contratos com cooperativas e os contratos temporários. É objetivo deste trabalho investigar como um grupo de terceirizados, prestadores de serviços gerais no Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP), vivencia o prazer e o sofrimento no trabalho, em especial em relação à sua condição trabalhista. Os dados obtidos nas vinte entrevistas realizadas com esta finalidade foram analisados pelo método de análise de conteúdo, e apontaram para cinco categorias: o pai que não é o patrão e o patrão que não é o pai; a precarização do emprego e a redução dos postos de trabalho; as defesas contra o sofrimento; quando as defesas falham; o sentimento de inferioridade e a identidade negada; sonhar é preciso. Conclui-se que os terceirizados vivenciam sofrimento psíquico decorrente da precarização trabalhista. Além disto, o estudo identificou vínculos tênues entre as empresas de terceirização e os terceirizados, cujas necessidades são parcialmente supridas pelo próprio MP.

Referência(s)