Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Auto-exame das mamas: freqüência do conhecimento, prática e fatores associados

2003; Thieme Medical Publishers (Germany); Volume: 25; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/s0100-72032003000300009

ISSN

1806-9339

Autores

Ana Paula de Sousa Monteiro, Elizabeth Paiva Pereira Arraes, Lucíola de Barros Pontes, Marília do Socorro dos Santos Campos, Rafael Teixeira Ribeiro, Rubens Elísio Brandão Gonçalves,

Tópico(s)

Cancer Risks and Factors

Resumo

OBJETIVO: estudar a freqüência do conhecimento e prática do auto-exame de mamas (AEM), caracterizando alguns fatores que influenciam sua prática. MÉTODO: durante um mês, foram entrevistadas 505 mulheres atendidas no Centro de Saúde Escola - Marco (CSE-Marco) e no anexo Unidade Materno-Infantil por meio de questionário referente ao conhecimento e prática do AEM e possíveis fatores associados. Verificou-se a correlação entre as variáveis através do teste de chi2. RESULTADOS: das mulheres entrevistadas, 96,0% conheciam o AEM. Dentre essas, 58,9% conheceram-no pela imprensa. Contudo, o meio que proporcionou prática mais correta foi a orientação médica (37,5%). Apenas 21,8% das mulheres realizavam o exame mensalmente. O principal motivo da não-realização foi o desconhecimento da técnica (48,2%). Mulheres entre 30 e 39 anos (30,2%) apresentaram maior prática mensal do exame e 58,2% das que o realizavam corretamente tinham pelo menos ensino médio incompleto. Em 58,7% dos casos, o ginecologista não incentiva a prática do AEM. CONCLUSÃO: o AEM é conhecido por praticamente todas as entrevistadas, embora mais de um terço destas não o realize, principalmente por desconhecimento da técnica. O meio de comunicação que levou a orientação mais eficiente foi a orientação médica, contudo, esta atingiu reduzido número de pacientes. Houve interferência do grau de escolaridade e faixa etária na prática do AEM, não intervindo a presença de casos de câncer na família.

Referência(s)