
Imunoglobulinas séricas em crianças com exposição perinatal ao vírus da imunodeficiência humana
2001; Elsevier BV; Volume: 77; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s0021-75572001000300012
ISSN1678-4782
AutoresMarcos T. N. da Silva, Maraísa Centeville, Sergio Massayuki Tani, Adyléia Aparecida Dalbo Contrera Toro, Cláudio Nazaretian Rossi, Maria Marluce dos Santos Vilela,
Tópico(s)Pneumocystis jirovecii pneumonia detection and treatment
ResumoOBJETIVO: a hipergamaglobulinemia é uma manifestação precoce da infecção perinatal por HIV. O objetivo foi analisar as diferenças nos níveis séricos de imunoglobulinas entre crianças infectadas e sororreversoras, e sua associação com a evolução clínica. MÉTODOS: Em um estudo prospectivo histórico, avaliaram-se 107 crianças infectadas e 90 sororreversoras. Compararam-se: IgA, IgG e IgM entre infectados e sororreversores nos primeiros 18 meses de vida; IgA, IgG e IgM como marcadores indiretos de infecção; IgA, IgG e IgM nos 5 primeiros anos em infectados, de acordo com a evolução clínica. Utilizou-se o teste de Mann-Whitney para a comparação entre grupos. Na avaliação de marcadores indiretos, analisaram-se Sensibilidade, Especificidade, Valores Preditivos Positivo e Negativo, e índice J. RESULTADOS: Infectados, em relação a sororreversores, apresentaram níveis significativamente superiores de IgM, do 1o ao 5o trimestre; IgA e IgG, do 2o ao 6o trimestre (P < 0,05). Os níveis de IgA > 90 mg/dl no 2o trimestre e IgG > 1.700 mg/dl ou 1.200 mg/dl no 2o e 3o trimestres associaram-se à infecção por HIV com índices J de 0,97, 0,92 e 0,93, respectivamente. Crianças infectadas nas categorias B e C, comparadas àquelas nas categorias N e A, apresentaram níveis superiores de IgM, do 2o ao 4o ano e IgA, do 3o ao 5o ano (P £.0,05). CONCLUSÕES: A evolução temporal dos níveis de IgA, IgG e IgM demonstra um estímulo intenso e precoce à síntese de imunoglobulinas em infectados. Indicadores clínico-epidemiológicos demonstram que tais níveis podem ser marcadores indiretos de infecção. Níveis superiores de IgM e IgA do 2o ao 5o ano em crianças infectadas com maior gravidade sugerem disfunção na regulação imune secundária ao estímulo antigênico persistente.
Referência(s)