
Rinite alérgica: indicadores de qualidade de vida
2010; Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia; Volume: 36; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/s1806-37132010000100017
ISSN1806-3756
AutoresInês Cristina Camelo‐Nunes, Dirceu Solé,
Tópico(s)Asthma and respiratory diseases
ResumoO objetivo desta revisão foi apresentar evidências da relação entre rinite alérgica e redução da qualidade de vida. As fontes de dados foram artigos originais, revisões e consensos indexados nos bancos de dados Medline e LILACS entre 1997 e 2008. As palavras de busca foram "rinite alérgica", "qualidade de vida" e "distúrbios do sono". Os pacientes com rinite alérgica frequentemente têm redução na qualidade de vida causada pelos sintomas clássicos da doença (espirros, prurido, coriza e obstrução). Além disso, a fisiopatologia da rinite alérgica, com frequência, interrompe o sono, ocasionando fadiga, irritabilidade, déficits de memória, sonolência diurna e depressão. A carga total da doença recai não apenas no funcionamento social e físico prejudicados, mas também no impacto financeiro, que se torna maior quando se consideram as evidências de que a rinite alérgica é um possível fator casual de comorbidades, tais como a asma e a sinusite. A obstrução nasal, o mais proeminente dos sintomas, está associada a eventos respiratórios relacionados aos distúrbios do sono, uma condição que tem profundo efeito sobre a saúde mental, o aprendizado, o comportamento e a atenção. Finalmente, a rinite alérgica - doença crônica que afeta crianças, adolescentes e adultos - frequentemente é subdiagnosticada ou inadequadamente tratada. O impacto deletério dos distúrbios do sono associados à rinite alérgica sobre a habilidade para realizar as atividades de vida diária dos pacientes é um importante componente da morbidade da doença. Com um diagnóstico acurado, existem vários tratamentos disponíveis que podem reduzir a carga associada à rinite alérgica.
Referência(s)