Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Os anfibolitos do complexo costeiro na região de São Sebastião, SP

2009; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 9; Issue: 2 Linguagem: Português

10.5327/z1519-874x2009000300005

ISSN

2316-9095

Autores

Coriolano de Marins e Dias Neto, Ciro Teixeira Correia, Colombo Celso Gaeta Tassinari, J. Munhá,

Tópico(s)

Geography and Environmental Studies

Resumo

O Complexo Costeiro na região de São Sebastião, Estado de São Paulo, como segmento da Faixa de Dobramentos Ribeira, integra os setores paraderivados a leste e ortoderivados a oeste, organizados segundo uma estrutura de cisalhamento dúctil em flor positiva. O eixo desta estrutura, que se orienta ENE-WSW, aloja as principais ocorrências dos corpos anfibolíticos que ocorrem no interior dos predominantes granada-gnaisses paraderivados. As rochas básicas intrusivas, que deram origem a estes anfibolitos, alojaram-se em estruturas tabulares ou em câmaras magmáticas secundárias, que localmente ainda preservam características geoquímicas de toleiitos continentais. Determinações U-Pb (SHRIMP) em zircão indicam idade de 580 Ma para esse magmatismo. Idades de 570 Ma para determinações equivalentes em sobrecrescimentos de cristais detríticos de zircão, dos paragnaisses encaixantes, retratam a proximidade entre o magmatismo básico e o ápice do processo metamórfico regional, favorecendo a interpretação do ambiente tectônico de colocação como sendo uma bacia sedimentar de retroarco sobre crosta continental. As áreas-fonte envolveriam rochas diferenciadas entre o Paleoproterozoico e o Neoproterozoico. A localização dos núcleos anfibolíticos, ao longo do eixo da estrutura em flor, assim como o posicionamento das manifestações magmáticas do Mesozoico, parecem conferir a esta estrutura uma importância especial, podendo ter favorecido a recorrência de eventos geológicos.

Referência(s)