
Avaliações acústica e perceptiva de fala nos processos de dessonorização de obstruintes
2010; CEFAC Saúde e Educação; Volume: 13; Issue: 6 Linguagem: Português
10.1590/s1516-18462010005000039
ISSN1982-0216
AutoresAna Paula Ramos de Souza, Lisiane Collares Scott, Carolina Lisbôa Mezzomo, Roberta Freitas Dias, Vanessa Giacchini,
Tópico(s)Hearing Loss and Rehabilitation
ResumoOBJETIVO: comparar a percepção e a produção do traço de sonoridade de dois sujeitos, um em aquisição normal e outro com transtorno fonológico, e analisar as metodologias acústica e perceptual de investigação do traço [±sonoro]. PROCEDIMENTOS: um instrumento contendo pares mínimos com oposição do valor do traço sonoro foi criado para eliciar a fala dos sujeitos e proporcionar a análise acústica e perceptual do vozeamento em suas falas. Os dados de fala foram gravados em MiniDisc Sony MZ-R70 em sala tratada acusticamente e submetidos ao programa Sona-Graph 5500 da Kay Elemetrics, verificando a presença ou não de vozeamento. Dois clínicos e pesquisadores experientes em aquisição fonológica fizeram os julgamentos acerca do contraste de sonoridade na fala das crianças. Também se testou a discriminação auditiva do traço de sonoridade pelas crianças através do instrumento de Levi (1994). RESULTADOS: ambas as crianças demonstraram perceber o traço de sonoridade e produzi-lo em alguns contextos. A criança em aquisição normal apresentou mais contextos com produção adequada do traço de sonoridade. Houve cerca de 10% de desacordo no julgamento do contraste de sonoridade entre os juízes. CONCLUSÃO: as análises acústicas e perceptuais são complementares na avaliação da fala. Existem momentos de dessonorização na fala do sujeito em aquisição típica.
Referência(s)