
Uso de bomba centrífuga no pós-operatório de cirurgia cardíaca
1992; Brazilian Society of Cardiovascular Surgery; Volume: 7; Issue: 4 Linguagem: Português
10.1590/s0102-76381992000400005
ISSN1678-9741
AutoresPaulo Manuel Pêgo‐Fernandes, Luíz Felipe Pinho Moreira, Luís Alberto Oliveira Dallan, José Otávio Costa Auler Júnior, Noedir Antônio Groppo Stolf, Sérgio Almeida de Oliveira, Adib Jatene,
Tópico(s)Cardiac Arrest and Resuscitation
ResumoNos casos de choque cardiogênico após cirurgia cardíaca com auxílio da circulação extracorpórea retratarlos às drogas e ao balão intra-aórtico, as bombas centrífugas têm sido a primeira opção em vários Serviços. Esse fato deve-se à facilidade de manuseio, de instalação, custo razoável, grande disponibilidade, e alto grau de eficiência. O objetivo deste trabalho é o relato da experiência do Instituto do Coração com 8 pacientes submetidos a essa terapêutica, no período de maio de 1990 a dezembro de 1991. Nesses 8 doentes foi utilizado previamente balão intra-aórtico e feito uso maciço de drogas vasoativas. A idade variou de 54 a 66 anos. Três foram submetidos a revascularização do miocárdio, 2 a correção de aneurisma de ventrículo esquerdo, 2 a troca de valva mitral e 1 a transplante cardíaco. Em 7 a assistência foi de ventrículo esquerdo e em 1 de direito. A duração da assistência variou de 18 a 126 horas. Ocorreram três óbitos em assistência, sendo que dois eram pacientes em "ponte" para transplante que não obtiveram doador, e um morreu por complicações de sangramento e insuficiência renal aguda. Dos 5 (62,5%) pacientes retirados da assistência, 2 faleceram tardiamente sendo 1 com pulmão de choque e 1 com complicação neurológica e insuficiência renal. Quando comparamos a evolução clínica com o pico de CKMB, verificamos que os 3 pacientes com pico maior que 80 faleceram, 2 em assistência e 1 tardiamente. Dos 5 doentes com pico de CKMB menor que 80, 4 foram retirados de assistência, com 3 sobreviventes tardios, e o único que morreu em assistência foi por problemas de sangramento. Os 3 (35%) pacientes sobreviventes estão no 5º, 9º e 19º meses de seguimento, 2 em classe funcional II e 1 em classe I. A utilização precoce, antes de complicações irreversíveis, da assistência circulatória, deverá permitir resultados progressivamente melhores, nesse grupo de pacientes de alto risco.
Referência(s)