
Diferenças genéticas e estimação de coeficientes de herdabilidade para características morfológicas em fêmeas zebus e F1 holandês x zebu
1999; Sociedade Brasileira de Zootecnia; Volume: 28; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/s1516-35981999000100007
ISSN1806-9290
AutoresGérson Barreto Mourão, Jose Aurélio García Bergmann, F. E. Madalena, M. B. D. Ferreira,
Tópico(s)Livestock Farming and Management
ResumoO objetivo deste trabalho foi averiguar possíveis variações nas mensurações morfológicas entre reprodutrizes zebus dos grupos genéticos (GG) Indubrasil, Nelore e Tabapuã e entre os GG de suas filhas F1 Holandês x Indubrasil (HxI), Holandês x Nelore (HxN) e Holandês x Tabapuã (HxT), além de estimar coeficientes de herdabilidade (h²) para estas características. O método dos quadrados mínimos foi usado para verificação das diferenças nas características morfológicas entre os GG e para obtenção de estimativas de h² pela regressão filha-mãe (RFM). O método REML foi também usado para estimar h². Os dados foram coletados em 183 vacas zebus e 273 novilhas F1 Holandês x Zebu. O GG das fêmeas F1 foi importante para sua inscrição no livro de controle e registro genealógico da raça Girolando, pois os GG obtiveram diferentes pontuações nas características de classificação total para tipo, aparência geral e caracterização leiteira. Para estas três características, as mestiças HxI obtiveram melhor pontuação que as HxN e as novilhas HxT, pontuação intermediária. Entre as características morfológicas, as larguras entre as tuberosidades ilíacas e as isquiáticas, o comprimento da garupa, a profundidade torácica, a altura na cernelha e o peso corporal não apresentaram diferenças entre os três GG zebus e entre suas progênies F1 Holandês x Zebu. As estimativas de herdabilidade variaram de 0,09 (profundidade torácica) a 0,59 (comprimento da orelha) pela RFM e de 0,09 a 0,89 (mesmas características) pelo método REML. Os resultados indicam que, em sistema de cruzamento com a raça Holandesa, para a produção de novilhas F1 para venda, o GG Indubrasil produziu animais melhor caracterizados, como da raça Girolando, os quais, possivelmente, teriam maior apelo comercial que os dos GG Tabapuã e Nelore. Adicionalmente, as estimativas de herdabilidade indicaram que a seleção para características morfológicas levaria a ganhos genéticos diretos razoáveis.
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