
Correlação entre as expressões de P-caderina e de receptores de estrógeno no câncer da mama
2002; Sociedade Brasileira de Patologia Clínica; Volume: 38; Issue: 4 Linguagem: Português
10.1590/s1676-24442002000400010
ISSN1678-4774
AutoresJoana Cancela Paredes, Maria Fernanda Grillo Milanezi, Jorge S. Reis‐Filho, Dina Raquel Aguileira Leitão, Daniel Abensur Athanazio, Fernando Schmitt,
Tópico(s)RNA Research and Splicing
ResumoIntrodução: A manutenção da arquitetura dos tecidos adultos depende essencialmente da integridade estrutural e funcional das caderinas, uma superfamília de moléculas de adesão celular dependentes de cálcio, que medeiam normalmente a adesão intercelular homofílica e homotípica. A P-caderina é expressa pelas células mioepiteliais da glândula mamária normal, sendo aberrantemente expressa num pequeno subgrupo de carcinomas da mama. Vários estudos recentes têm demonstrado que a expressão desta proteína está significativamente correlacionada com tumores de alto grau histológico e negativos para os receptores de estrógeno (RE). Objetivos: Investigar a expressão da P-caderina e dos receptores de estrógeno (RE) em carcinomas da mama invasivos e correlacionar os resultados obtidos. Material e método: O padrão de expressão da P-caderina e dos RE foi estudado imunoistoquimicamente em 149 carcinomas invasivos da mama; seguidamente, correlacionou-se estatisticamente a expressão destas duas proteínas. Resultados: A P-caderina foi detectada nas células mioepiteliais do tecido mamário normal e em 46 de 146 (31,5%) casos de carcinoma invasivo da mama. A expressão da P-caderina correlacionou-se inversamente com a expressão dos RE, verificando-se que o subgrupo de tumores P-caderina positivos e RE negativos apresentava alto grau histológico e maior agressividade tumoral. Conclusão: Demonstrou-se que a P-caderina identifica um subgrupo de carcinomas da mama, que não expressa RE e que parece representar um estado mais avançado da progressão tumoral. Estes resultados levantam ainda a hipótese de que a expressão desta proteína possa ser regulada por uma via alternativa, independente de estrógeno.
Referência(s)