Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Reconstrução mamária de resgate: a importância dos retalhos miocutâneos

2013; Volume: 28; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s1983-51752013000100016

ISSN

2177-1235

Autores

Ognev Meireles Cosac, João Pedro Pontes Camara Filho, Marcela Caetano Cammarota, Jefferson Di Lamartine, José Carlos Daher, Marina de Souza Borgatto, Bruno Peixoto Esteves, Dhyego Molinari Di Castro Curado,

Tópico(s)

Body Contouring and Surgery

Resumo

INTRODUÇÃO: A reconstrução mamária pode apresentar um resultado estético insatisfatório ou complicações que comprometam o resultado final. Nesses casos, pode-se realizar a reconstrução mamária de resgate, que é definida como uma revisão completa de uma reconstrução prévia, em caso de resultado insatisfatório ou falha da primeira reconstrução. Este trabalho tem como objetivo reportar a experiência dos autores na realização da reconstrução mamária de resgate pós-mastectomia por câncer de mama. MÉTODO: Estudo retrospectivo de prontuários de pacientes submetidas a reconstrução mamária de resgate, no período de março de 2002 a março de 2012. RESULTADOS: Foram identificados 57 casos de reconstrução mamária de resgate. Com relação à cirurgia inicial, 20 foram realizadas com próteses, 16 com retalho miocutâneo do músculo reto abdominal (TRAM), 11 com expansores, 6 cirurgias conservadoras e 4 com retalho miocutâneo do músculo grande dorsal (RGD). A principal causa de falha das reconstruções foi por motivos estéticos, seguida de necrose, contratura capsular e infecção e/ou exposição de implantes. A reconstrução de resgate foi realizada em 27 pacientes com emprego de RGD (P < 0,0001), em 16, com TRAM, e em 14, com material aloplástico. Em 57,9% dos casos, o cirurgião que realizou a reconstrução de resgate não foi o cirurgião da reconstrução inicial. CONCLUSÕES: A maioria das cirurgias que apresentaram resultados insatisfatórios foi realizada com materiais aloplásticos, sendo a principal causa o aspecto estético deficiente. As reconstruções de resgate foram realizadas principalmente com retalhos miocutâneos e por profissionais diferentes da primeira cirurgia. Os retalhos miocutâneos apresentam boa aplicabilidade nas reconstruções de resgate, por fornecerem tecido sadio e bem vascularizado a uma área manipulada previamente.

Referência(s)