Artigo Produção Nacional Revisado por pares

Petrology, geochemistry and geodynamic setting of Proterozoic igneous suites of the Orós fold belt (Borborema Province, Northeast Brazil)

1995; Elsevier BV; Volume: 8; Issue: 3-4 Linguagem: Português

10.1016/0895-9811(95)00015-8

ISSN

1873-0647

Autores

Jaziel Martins Sá, Ian McReath, J. Leterrier,

Tópico(s)

earthquake and tectonic studies

Resumo

The Orós belt is a metamorphosed and deformed supracrustal sequence whose deposition started at ca. 1.8 Ga. The volcanic rocks form an essentially bimodal association with a predominance of felsic volcanics. Mafic volcanics show geochemical and Nd isotopic differences which point to separate origins for each type. The mafic rocks are either chemically similar to EMORBs or are transalkaline types, enriched in LILE and LREE and relatively depleted in HFSE but with different isotopic signatures. One mafic type is associated with dominant andesites in a suite which could have evolved by an AFC process involving a Transamazonian-age source rock which later produced some of the overlying felsic volcanics. The rhyolites have variable geochemical signatures, all typical of anatectic products derived from continental crustal rocks. Sedimentary rocks are dominated by pelitic types of different provenances, accompanied by minor arenites and lesser carbonate rocks and calc-silicates. The depositional environment of the supracrustal sequence was continental, and a number of lines of evidence suggest that a rift environment probably developed during relaxation following the Transamazonian orogeny. The most abundant igneous rocks are felsic plutonics, emplaced nearly 100 Ma after the volcanic activity, but whose geochemical signature is similar to that of most of the rhyolites. These are cut by more alkaline anorogenic intrusives. The volcano-sedimentary sequence was intruded at ca. 0.9 Ga by a mafic-ultramafic sill. All deformation and metamorphism occurred during the Brasiliano orogeny, which was accompanied by the intrusion of syn-tectonic granites. The Orós belt, therefore, represents an intracontinental ensialic late Paleoproterozoic volcano-sedimentary basin initially related to strain relaxation of the crust. With subsequent collapse and development of faults, the anorogenic alkaline granites intruded at ca. 1.7 Ga. Based on the data available on this province, the Orós belt forms a part of a series of supracrustal belts of different ages, which were consolidated and welded in the Brasiliano orogeny. Within the Borborema Province, supracrustal sequences with ages of ≈ 2.0-1.9 Ga, ≈ 1.8-1.7 Ga (Orós), ≈ 1.1-1.0 Ga, and ≈ 0.6 Ga are presently known. All were aglutinated or amalgamated to neighboring blocks during the Brasiliano orogenic cycle. A Faixa Orós é uma seqüência vulcano-sedimentar deformada e metamorfizada, cuja formação se iniciou a 1800 Ma. As rochas vulcânicas são compostas essencialmente de uma associação bimodal com predominância de termes félsicos. As vulcânicas máficas, estratigraficamente situadas proximo à base da seqüência sedimentar, apresentam caracterfsticas geoquímicas e isotópicas diferentes entre si e devem representar unidades de fontes diferentes. São quimicamente similares seja aos basaltos tipo EMORB ou do tipo Transalcalino, enriquecidos em LILE e LREE porém relativamente empobrecidos em HFSE, mas com diferentes assinaturas isotópicas. Uma das unidades de vulcanicas máficas apresenta-se como uma suíte de composição predominantemente andesítica evoluida por urn processo do tipo AFC, e que poderia posteriormente ter sida envolvida na produção de parte dos riolitos sobrepostos. As vulcânicas félsicas apresentam variedades no seu quimismo, sendo porém típicas de produtos anatéticos da crosta continental. Os sedimentos são dominantemente (meta)pelitos com quartzitos, mármores e calciossilicáticas. A seqüência vulcano-sedimentar de Orós é do tipo continental formada num ambiente tipo rifte, que desenvolveu-se provavelmente como conseqüência dos efeitos de relaxamento de esforços após cessado os efeitos compressivos e colapso da cadeia transamazônica. A rocha plutônica predominante é um biotita granito porfirítico (atualmente augen gnaisse) com características químicas similares aos riolitos, que intrudiu a seqüência vulcano-sedimentar em torno de 100 Ma após as atividades vulcãnicas. Esta plutônica, por sua vez, é cortada por granitos alcalinos anorogênicos de composicão sienogranítica. Rochas máfica-ultramáficas com idades ca. 900 Ma representam as plutônicas máficas da faixa. Todas estas unidades ígneas e sedimentares foram deformadas e metamorfizada durante o ciclo Brasiliano, período no qual ocorreu a intrusão de um biotita granito microporfirítico do tipo-S. A Faixa Orós é aqui identificada como uma seqüência intracontinental ensiálica tendo começado no final do Paleoproterozóico a cerca de 1800 Ma, sendo inicialmente sua formação relacionada a efeitos de distensão crustal. Com o desenvolvimento deste processo, colapso de terrenos ocorreram simultâneamente à formação de falhas, as quais controlaram a forma alongada dos granitos anorogênicos que se intrudiram 100 Ma depois do início da formação da então bacia de Orós. São conhecidas atualmente na Província Borborema seqüências com idades de ≈ 2,0-1,9 Ga, ≈ 1,8-1,7 Ga (Orós), ≈ 1,1-1,0 Ga e ≈ 0,6 Ga. Todas estas certamente foram aglutinadas, amalgamadas e deformadas durante o Ciclo orogênico Brasiliano.

Referência(s)