
Influência da variação dos decúbitos laterais na deposição pulmonar de aerossol
2011; Elsevier BV; Volume: 15; Issue: 4 Linguagem: Português
10.1590/s1413-35552011000400004
ISSN1809-9246
AutoresLuciana Alcoforado, L Capelozza Filho, Daniella Cunha Brandão, André Martins Galvão, Cyda Reinaux, Arméle Dornelas de Andrade,
Tópico(s)Asthma and respiratory diseases
ResumoCONTEXTUALIZAÇÃO: O decúbito lateral apresenta as maiores mudanças em relação à ventilação pulmonar regional e é utilizado na rotina da fisioterapia respiratória. OBJETIVOS: Avaliar a influência do decúbito lateral na deposição pulmonar de radioaerossol durante a inalação em indivíduos jovens e relacionar os efeitos desse decúbito na rotina terapêutica. MÉTODOS: Em estudo randomizado em duas fases, foram incluídos oito homens voluntários saudáveis, com média de idade de 23,6±2,5 anos. Na primeira fase, inalou-se aerossol durante nove minutos no decúbito lateral sorteado e, após intervalo de cinco a sete dias, realizou-se a segunda fase. Para a cintilografia, inalou-se uma dose média de ácido dietilnotriaminopentacético marcado com tecnécio (DTPA - TC99m), com uma atividade radioativa em média de 25 milicuries (mCi). Ao final da inalação, as imagens foram adquiridas em câmaras de cintilação e analisadas por meio da divisão longitudinal e transversal dos pulmões em regiões de interesse (ROI). Para análise estatística, utilizou-se o teste t de Student pareado, considerando significativo p<0,05. RESULTADOS: A inalação em decúbito lateral direito apresentou, na ROI posterior do pulmão direito, um maior número de contagem (p<0,04) quando comparada à ROI posterior do pulmão esquerdo. No decúbito lateral esquerdo, observou-se um maior número de contagem no pulmão esquerdo (p<0,02) do que na ROI posterior do pulmão direito. CONCLUSÕES: A deposição das partículas de aerossol durante inalação apresentou um comportamento decúbito dependente nas duas fases do estudo, ratificando técnicas e recursos terapêuticos baseados na fisiologia da ventilação decúbito dependente e sugere a utilização do posicionamento corporal na rotina terapêutica.
Referência(s)