
Relação da cintura abdominal com a condição nutricional, perfil lipídico e pressão arterial em pré-escolares de baixo estrato socioeconômico
2006; Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC); Volume: 87; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s0066-782x2006001500013
ISSN1678-4170
AutoresRoseli Saccardo Sarni, Fabíola Isabel Suano de Souza, Denise de Oliveira Schoeps, Priscila Catherino, Maria Carolina Cozzi Pires de Oliveira, Cristiane Félix Ximenes Pessotti, Cristiane Kochi, Fernando Antônio Basile Colugnati,
Tópico(s)Health and Lifestyle Studies
ResumoOBJETIVO: Avaliar o diagnóstico nutricional, o perfil lipídico, os níveis pressóricos e a medida de cintura em pré-escolares. Pretende-se ainda verificar se a medida de cintura está associada com índices antropométricos usuais no diagnóstico nutricional, perfil lipídico e pressão arterial em crianças obesas e eutróficas. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com 65 pré-escolares de baixo estrato socioeconômico, em escola municipal de Santo André. As avaliações clínico-laboratoriais consistiram em: medida de PA (Task Force, 1996), peso (P) e estatura (E) expressos como escore z (OMS, 1995) e IMC (índice de massa corpórea); níveis séricos de triglicérides, colesterol total e frações (VLDL-c, HDL-c, LDL-c) (Kwiterowich e AHA). Análise estatística: Teste exato de Fisher e correlação. RESULTADOS: Observamos alto porcentual de inadequação da PA e lipídios séricos, independentemente da condição nutricional. A medida de cintura mostrou correlação positiva e significante com IMC e ZPE (r = 0,87 e r = 0,83; p < 0,001, respectivamente). Visando ao estudo do poder diagnóstico da cintura, utilizando-se como ponto de corte o percentil 75 da amostra dessa medida, tendo como padrão o ZPE, observou-se acurácia de 89,1%, especificidade de 87,2%, sensibilidade de 70,6%, e valores preditivos (+) 66,7% e (-) 66,7%. Não houve correlação significativa entre a cintura e o perfil lipídico e níveis pressóricos. CONCLUSÕES: A medida de cintura mostrou relação direta com os índices antropométricos habitualmente usados e não funcionou na faixa etária pré-escolar como preditor de risco cardiovascular.
Referência(s)