
Doença respiratória e sazonalidade climática em menores de 15 anos em um município da Amazônia brasileira
2008; Elsevier BV; Volume: 84; Issue: 6 Linguagem: Português
10.1590/s0021-75572008000700012
ISSN1678-4782
AutoresAntonia Maria Rosa, Eliane Ignotti, Clóvis Botelho, Hermano Albuquerque de Castro, Sandra de Souza Hacon,
Tópico(s)Air Quality and Health Impacts
ResumoOBJETIVO: Analisar a sazonalidade climática dos atendimentos ambulatoriais por doença respiratória (DR) em menores de 15 anos. MÉTODOS: Estudo epidemiológico descritivo, realizado com dados dos Registros de Ocorrências Ambulatoriais das unidades básicas de saúde referentes ao período 2004-2005, do município de Tangará da Serra (MT). As estimativas populacionais foram obtidas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e os dados de umidade relativa do ar e temperatura, do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Foram construídas taxas médias de atendimento ambulatorial por DR segundo sexo, faixa etária e localização anatômica. Calculou-se a razão seca/chuva dos atendimentos de acordo com a localização anatômica da DR. Utilizou-se o Epi-Info 3.2 para análise dos dados, com as diferenças de proporção testadas através do teste do qui-quadrado, ao nível de significância de 5%. RESULTADOS: Indivíduos do sexo masculino tiveram taxa quase 50% maior (37,3/25,0) de atendimentos ambulatoriais por doenças das vias aéreas inferiores que os do sexo feminino. As taxas de atendimentos ambulatoriais por DR em menores de 15 anos apresentaram variação com o aumento da idade, passando de 457,7‰ nos menores de 1 ano de idade para 133,5‰ no grupo de 10 a 14 anos. Os atendimentos por DR foram em média 21% menos freqüentes(4.148/5.231) no período seco (p = 0,000). Observou-se picos de atendimento nos meses de março e agosto, mais acentuados em março, período chuvoso na região. CONCLUSÃO: Os atendimentos ambulatoriais por DR, especialmente por doenças das vias aéreas superiores, estão relacionados ao período chuvoso no município.
Referência(s)