Artigo Acesso aberto

Explicação ainda mais simples

1954; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 8; Issue: 17 Linguagem: Português

10.11606/issn.2316-9141.v8i17p226-226

ISSN

2316-9141

Autores

Giuseppe Caraci,

Tópico(s)

Cultural, Media, and Literary Studies

Resumo

O senhor Virgilio Correia Filho quis responder, pela segunda vez, as minhas criticas, mas evitando responder sequer a uma so, e, por isso, buscando por uma pedra tumular sobre seu infeliz perfil de janeiro-marco de 1950. Disso se deve concluir, como tera concluido o leitor inteligente, que nada ha que responder. Com tudo isso, o senhor Correia quis dar a ultima palavra, mesmo limitando-se a deixar o assunto no ar, inconcluso. Doi-lhe ser considerado um romancista e declara solenemente — vejam so! -que as polemicas fazem: perder tempo precioso. Depois disso, considera encerrado o episodio, provocado pelo vespuciano de fervoroso apostolo. Quando um escritor, chamado a prestar contas dos seus erros (o senhor Correia Filho se diz agredido), recusa-se a discutir, e busca escapatorias chamando ao caso Ruy Barbosa e Schiller — que entram aqui como Pilatos no Credo — e claro que, tambem da minha parte, nada resta a fazer senao considerar encerrado o episodio. Sou forcado apenas a acrescentar que nao calquei a mao, propositadamente, desde o meu primeiro artigo (Revista de Historia, 1952, pp. 189-194), exatamente porque era claro que aquelas duas paginazinhas do senhor Correia nao tinham nenhuma consistencia cientifica. Mas, desde que o senhor Correia espera sair-se com a sua, falando de culto vespuciano de fervoroso apostolo, reservome o diretio de submeter a exame critico todo o seu artigo, de modo que o leitor perceba com quanta seriedade ele se meteu a falar de um tema que evidentemente nao conhece. Com licenca de Ruy Barbosa e de Schiller, esta demonstracao nao e totalmente inutil. Servira, quando menos, para induzir a algum outro romancista a nao seguir o exemplo do senhor Correia. E bom sera, •porque inutil nao e a critica ou a polemica, mas os exercicios oratorios de quem escreve despropositos, e depois se encrespa quando outros os poe em evidencia, como e seu direito e, no meu caso, tambem seu dever.

Referência(s)