Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Fator de risco para falha do bloqueio: perda da integridade do isolamento da agulha

2005; Medical Association of São Paulo; Volume: 123; Issue: suppl spe Linguagem: Português

10.1590/s1516-31802005000700032

ISSN

1806-9460

Autores

Paulo César M. Junqueira, Adilson Hamaji, Waldir Cunha Júnior, Wagner Kuriki,

Tópico(s)

Vascular Procedures and Complications

Resumo

INTRODUCAO Os avancos na area da anestesia regional tem propiciado qualidade e efetividade superior, principalmente nas tecnicas de multiplo estimulo e nos bloqueios de dificil acesso. Entretanto, e sempre possivel a ocorrencia de falhas de bloqueio, considerando que existem outros fatores envolvidos. O presente relato vem ilustrar a ocorrencia de uma falha de bloqueio devido a trauma na agulha de bloqueio. RELATO DE CASO Paciente masculino, 46 anos, P1 (antigo ASA I), indice de massa corporea 27,70, submetido a bloqueio do plexo lombar por via posterior, segundo a tecnica de Winnie, para tratamento cirurgico de retardo de consolidacao do femur esquerdo. A introducao da agulha transcorreu com leve resistencia e facil progressao ate 6,5 cm, quando apresentou grande resisten-cia e falta de progressao, provavelmente devido ao processo transverso da vertebra. Depois de varias manobras, a melhor resposta de contracao do quadriceps femoral foi conseguida com 1,5 mA. Optou-se pela troca da agulha e nova puncao a 1 cm rostral dos pontos de referencia pela tecnica de Winnie, obtendo-se contracao de quadriceps femoral com 0,38 mA. Aspiracao negativa, dose-teste negativa e injecao da solucao de anestesico sem intercorrencias. O bloqueio foi efetivo, sem intercorrencias intra- e pos-operatorias. A observacao da primeira agulha evidenciou ranhuras no isolamento a 1,5 cm da ponta. Essas ranhuras fechavam o circuito ao serem testadas com o estimulador de nervo periferico. Ja na segunda agulha so ocorria o fechamento do circuito na ponta da agulha. DISCUSSAO As causas relatadas de falha de bloqueio foram a formacao de hematoma e o contato da agulha com o osso. Acredita-se que esse contato levou a perda da camada isolante, reduzindo o campo eletrico, uma vez que a troca da agulha levou ao blo-queio efetivo. Assim sendo, recomendamos que se, ao realizar um bloqueio, ocorrer contato com estrutura ossea, deve-se pensar em perda da integridade do isolamento e optar como conduta a troca da agulha. REFERENCIAS

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