Artigo Acesso aberto Revisado por pares

As interrogativas epistémicas sobre acotencimentos na anterioridade

2012; University of Ljubljana; Volume: 20; Issue: 1 Linguagem: Português

10.4312/vh.20.1.103-121

ISSN

2350-4250

Autores

Vésela Chérgova, Donka Mangatcheva,

Tópico(s)

Linguistics and Education Research

Resumo

A presente comunicação dedica-se a analisar o funcionamento modal epistémico dos gramemas temporais de posterioridade referentes ao Plano da Não Inactualidade, ou seja, ao plano do discurso medido directamente a partir do momento da enunciação. Consideramos que os valores categoriais invariantes de um gramema verbal predeterminam o desenvolvimento das suas funções complementares e contextuais. E é por isso que na análise interferem também as relações opositivas e as neutralizações entre as categorias verbais de Tempo, Plano e Perspectiva, dentro da semântica temporal, e os valores aspectuais que mantêm as oposições entre as formas nominais do verbo de acordo com a interpretação das categorias verbais apresentada por Coseriu (1976). No caso concreto, os valores complementares que formam o escopo do nosso interesse ocupam a área dos valores de possibilidade e probabilidade (Veiga, 1991; Kitova-Vasileva, 2000), ou seja, a zona da semântica epistémica da conjectura e da conclusão, mas temporalmente se encontram orientados na época temporal da anterioridade, ou seja, trata-se de conjectura referente a acções que decorreram na anterioridade ao momento da enunciação. O contexto sintáctico em que se realizam os valores epistémicos da conjectura dá-se nos moldes oracionais das interrogativas epistémicas do tipo [Será que + V(P.P.S.)] e [Ter(F.S. do Ind.)+ V(Part.Pass.)]. Assim, a pesquisa está orientada não apenas pela interpretação semântica dos valores modais, temporais e aspectuais dos instrumentos morfológicos da conjectura, mas também pela incidência da estrutura sintáctica (as relações de Modus e Dictum) sobre o seu valor discursivo-pragmático.

Referência(s)
Altmetric
PlumX