Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

A estabilidade e a efetividade da preferência partidária no Brasil

2014; Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília; Issue: 13 Linguagem: Português

10.1590/s0103-33522014000100009

ISSN

2178-4884

Autores

Frederico Batista Pereira,

Tópico(s)

Social Media and Politics

Resumo

O artigo utiliza dados de pesquisa de opinião em painel coletados ao longo de 2002 em Caxias do Sul (RS) e Juiz de Fora (MG) para testar em que medida a preferência partidária é uma atitude estável e efetiva entre os eleitores brasileiros que a declaram. As análises focalizam os eleitores do Partido dos Trabalhadores. A questão que move o artigo é até que ponto a preferência partidária pode ser vista como uma causa do voto para presidente no Brasil. Duas perspectivas são contrastadas em busca da resposta para essa questão. A primeira defende que, ainda que restrita a uma parcela minoritária do eleitorado, a preferência partidária constitui uma atitude forte. Para a segunda perspectiva, a preferência partidária é, de maneira geral, uma atitude instável que emerge durante o período eleitoral, provavelmente em virtude da campanha e da identificação do eleitor com os candidatos. Os resultados das análises mostram que grande parte do petismo manifestado nas pesquisas de opinião em outubro se deve à saliência da eleição presidencial e tende a desaparecer posteriormente, além de ser menos importante para a escolha de candidatos para outros cargos em disputa. Além disso, esse petismo instável é mais comum entre eleitores menos politicamente envolvidos e sofisticados.

Referência(s)