
Memórias e histórias do acorde napolitano e de suas funções em certas canções da música popular no Brasil
2014; Universidade de São Paulo. Instituto de Estudos Brasileiros; Issue: 59 Linguagem: Português
10.11606/issn.2316-901x.v0i59p15-56
ISSN2316-901X
AutoresSérgio Paulo Ribeiro de Freitas,
Tópico(s)Music History and Culture
ResumoConsiderando que as implicações históricas dos materiais musicais interferem na apreciação e crítica acerca daquilo que compõe uma canção, aborda-se aqui o versado conjunto de notas musicais conhecido por vários termos, dentre os quais o de acorde napolitano. Assumindo que os acordes não são grandezas puras, comentam-se aspectos do tratamento técnico tradicionalmente dispensado ao napolitano e como esta alcunha porta vestígios de querelas importantes para a modernidade ocidental. Destaca-se que em sua longa e internacional trajetória, que recua aos tempos pré-barrocos, esta harmonia se viu convencionalmente reservada para a expressão do lamento e da dor, e como esse tipo de associatividade premeditada se fez também eficiente em canções produzidas no Brasil, entre 1937 a 1985, por personagens como Noel Rosa, Custódio Mesquita, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Chico Buarque
Referência(s)