
CARACTERIZAÇÃO SOROLÓGICA E MOLECULAR DE ROTAVIRUS SUÍNO NO PARANÁ - BRASIL
1999; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ; Volume: 4; Issue: 1 Linguagem: Português
10.5380/avs.v4i1.3845
ISSN2317-6822
AutoresSuzana S. Kroeff, Veridiana Munford, Maria Lucia Barbosa de Oliveria Rácz, Y Hayashi,
Tópico(s)Peanut Plant Research Studies
ResumoO Brasil possui, atualmente, um dos maiores rebanhos de suínos do mundo, estando entre os sete detentores da produção mundial, com um plantel estimado em 36,5 milhões de cabeças.A região Sul, incluindo os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, onde estão localizados os maiores núcleos de criação de suínos, é responsável por mais de 70% das exportações brasileiras de carne suína.Em todos os países onde a suinocultura é explorada de forma intensiva, os rotavírus representam uma das maiores causas de diarréias infecciosas endêmicas, em várias espécies animais, com alta incidência em suínos e bovinos recém nascidos e desmamados.As diarréias neonatais pré e pós-desmama causam elevadas perdas econômicas, em função da mortalidade de suínos e do decréscimo da taxa de peso vivo e da conversão alimentar.Os rotavírus pertencem à família Reoviridae e ao gênero Rotavirus e possuem tripla camada protéica que envolve o material genético, constituído por 11 segmentos distintos de RNA fita dupla (dsRNA), sendo que cada segmento do dsRNA codifica pelo menos uma proteína viral.A caracterização sorológica dos rotavírus está baseada nas seguintes proteínas: a VP6, proteína do capsídeo interno responsável pela caracterização de grupo e subgrupo; a VP7 e a VP4, localizadas no capsídeo externo e responsáveis pela caracterização de sorotipos e genotipos G e P, respectivamente.Foram colhidas 117 amostras de fezes de leitões nas fases de maternidade e creche em 21 granjas de produção de suínos, das regiões de Toledo, Dois Vizinhos, Marechal Cândido Rondon e Castro, todas do Estado do Paraná, que apresentavam quadros freqüentes de gastroenterite aguda.Todas as amostras foram submetidas a um ensaio imunoenzimático (EIARA-FIOCRUZ) para a identificação de rotavírus do grupo A, das quais, 40 (34,19%) foram positivas.As amostras positivas foram testadas para a caracterização de subgrupo através de um ensaio imunoenzimático com anticorpos monoclonais (Mab-ELISA).Nove amostras foram caracterizadas como grupo A e subgrupo II e 31 fizeram parte do grupo A e subgrupo nãoI-nãoII.Para a caracterização de genotipos G e P utilizou-se a técnica de transcrição reversa, seguida da Reação em Cadeia de Polimerase (RT-PCR) com primers específicos para rotavírus suínos, bovinos e humanos.Das 40 amostras positivas para rotavírus, 18 puderam ser caracterizadas como genotipo G e 30 como genotipo P. Foram encontrados os genotipos G3, G4, G5, G9 e G10 e uma amostra com os genotipos G4 e G9 ocorrendo simultaneamente.
Referência(s)