"Você me prende vivo, eu escapo morto": a comemoração da morte de estudantes na resistência contra o regime militar
2011; National History Association; Volume: 31; Issue: 61 Linguagem: Português
10.1590/s0102-01882011000100009
ISSN1806-9347
Autores Tópico(s)Memory, Trauma, and Testimony
ResumoO artigo apresenta uma análise dos 'usos políticos do passado' feitos pelos militantes do movimento estudantil na década de 1970 no intuito de reforçar a identidade associativa e legitimar a resistência contra a ditadura militar. A instrumentalização do passado se fez a partir da ênfase no martírio de estudantes vítimas da repressão: a morte de Alexandre Vannucchi Leme (aluno da Geologia da USP e militante da ALN) pelos agentes do Exército em 1973, e o 'desaparecimento' de Honestino Guimarães (último presidente da UNE na clandestinidade). Nesse culto às vítimas da ditadura, também se relembra a morte do estudante secundarista Edson Luís, baleado por policiais durante uma manifestação de rua, em 1968.
Referência(s)