
Ictiofauna dos trechos alto e médio da bacia do rio Tibagi, Paraná, Brasil
2007; Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de SP; Volume: 7; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s1676-06032007000200014
ISSN1678-7927
AutoresOscar Akio Shibatta, Ana Maria Gealh, Sirlei Terezinha Bennemann,
Tópico(s)Fish Ecology and Management Studies
ResumoA ictiofauna de quatro trechos da bacia hidrográfica do rio Tibagi foi amostrada mensalmente de maio de 2001 a abril de 2002, com redes de espera (totalizando 1.000 m²) para analisar a dominância, constância e similaridade. Um total de 68 espécies (32 Characiformes, 32 Siluriformes, 2 Gymnotiformes e 2 Perciformes) e 2.758 exemplares foram capturados. O trecho com maior riqueza de espécies foi Tibagi abaixo (50 espécies), seguido por Tibagi acima (40 espécies), Iapó (35) e Fortaleza (14). No Fortaleza ocorreu o menor número de espécies, mas foi verificada a maior abundância, com 508 dos 877 exemplares capturados pertencentes à espécie Astyanax paranae, o que elevou o índice de dominância desse local para 37,9%. As dez espécies mais abundantes corresponderam a 65,5% do total de exemplares coletados, apresentando uma proporção que variou de 3,9 a 18,6%. Do maior para o menor percentual, as espécies foram A. paranae, Astyanax fasciatus, Prochilodus lineatus, Hypostomus sp. I, Hypostomus regani, Rhamdia quelen, Astyanax eigenmanniorum, Apareiodon ibitiensis, Apareiodon affinis e Leporinus amblyrhynchus. Quanto à freqüência de ocorrência, 25 espécies foram capturadas em apenas um dos trechos; 11 em dois trechos; 25 em três; e apenas R. quelen, A. ibitiensis e A. affinis foram capturadas em todos os trechos. Muitas espécies migratórias foram capturadas, destacando-se P. lineatus e Salminus brasiliensis. A ictiofauna de Fortaleza, Iapó, Tibagi acima e Tibagi abaixo diferiu significativamente em riqueza de espécies, indicando que as assembléias de peixes são diferentes entre os trechos. Da análise de similaridade de Bray-Curtis, verificou-se maior similaridade entre Tibagi acima e Tibagi abaixo, seguido por Iapó e, finalmente, Fortaleza. Já pela análise de similaridade de Jaccard, a maior similaridade foi entre Iapó e Tibagi acima, depois Tibagi abaixo e Fortaleza.
Referência(s)