O poder do bacharel no espaço organizacional brasileiro: relendo Raízes do Brasil e Sobrados e mucambos
2006; Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas; Volume: 4; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s1679-39512006000300005
ISSN1679-3951
AutoresBreno de Paula Andrade Cruz, Paulo Emílio Matos Martins,
Tópico(s)Business and Management Studies
ResumoO objetivo deste artigo é analisar o "bacharelismo" como forma de manifestação de poder no espaço organizacional brasileiro, com base nas análises de Sérgio Buarque de Holanda em Raízes do Brasil (1936) e de Gilberto Freyre em Sobrados e mucambos (1936). Por meio da análise histórico-sociológica do fenômeno, buscamos entender: <img src="/img/revistas/cebape/v4n3/carac01.jpg" align=absmiddle>a aristocracia rural do século XIX no Brasil; <img src="/img/revistas/cebape/v4n3/carac01.jpg" align=absmiddle>a colonização e a influência das características da pátria mãe no Brasil; e <img src="/img/revistas/cebape/v4n3/carac01.jpg" align=absmiddle>a supervalorização de um título acadêmico pelos colonizadores. A leitura desses dois clássicos, sob a ótica do poder do bacharel em uma sociedade segregada, emergindo do rural para o urbano, permitiu entender o bacharelismo nos estudos organizacionais no Brasil como poder condicionado (GALBRAITH, 1999). Nesse sentido, seus detentores possuem um capital social que legitima o exercício da autoridade e do poder perante aqueles desprovidos de distinções nobiliárquicas e/ou acadêmicas.
Referência(s)