
Distribuição espacial da hanseníase na população escolar em Paracatu - Minas Gerais, realizada por meio da busca ativa (2004 a 2006)
2007; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA; Volume: 10; Issue: 4 Linguagem: Português
10.1590/s1415-790x2007000400014
ISSN1980-5497
AutoresIsaías Nery Ferreira, Maria do Socorro Nantua Evangelista, Rosicler Rocha Aiza Alvarez,
Tópico(s)Leprosy Research and Treatment
ResumoA detecção da hanseníase no município de Paracatu é elevada em menores de quinze anos, abrangendo cerca de 6,8/10.000 hab. em 2003, e classificada como hiperendêmica. O estudo objetiva distribuir territorialmente os casos de hanseníase em adolescentes e crianças escolares menores de 20 anos, utilizando a estratégia da busca ativa de casos. Realizou-se um estudo de coorte prospectivo e ecológico com 16.623 escolares entre janeiro de 2004 a junho de 2006. No banco de dados utilizou-se o software Excel e na análise o chi2, Intervalo de Confiança - (IC) 95% e Risco Relativo - (RR). Para o geoprocessamento das informações, aplicou-se o Auto CAD - release 2000. Foram diagnosticados 68 casos da doença, sendo 25,1%, multibacilares. Cerca de 85,2% residiam na área urbana, 55,8% eram mulheres e a doença predominava no grupo de 10 a 14 anos (IC95%: 0,49-0,89%) e chi2 = 7,376. Houve um incremento de 38,2% na detecção dos casos no período, com visibilidade à prevalência oculta. Ao considerar a busca ativa em 2004, as microrregiões do Alto do Açude e Vista Alegre apresentaram maior detecção de casos com 41,5/10.000 habitantes, e RR = 10,9 vezes maior do que o Centro de Paracatu, com detecção de 3,8/10.000 habitantes. Em 2005, destacaram-se Paracatuzinho, Chapadinha, São João Evangelista I e II, Bandeirantes, Aeroporto e Bom Pastor, com detecção de 21,8/10000 habitantes, e RR = 8,7 vezes maior do que Nossa Senhora de Fátima e JK com detecção de 2,5/10.000 habitantes. A hanseníase entre escolares foi predominante nas áreas norte, leste, sudeste e central de Paracatu. O geoprocessamento das informações, por meio da busca ativa nas escolas, permitiu a visibilidade da hiperendemia da hanseníase por região, possibilitando aperfeiçoamento da vigilância da enfermidade.
Referência(s)