
Neo-hegemonia americana ou multipolaridade? Pólos de poder e sistema internacional
2007; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO; Volume: 29; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/s0102-85292007000100006
ISSN1982-0240
Autores Tópico(s)Brazilian History and Foreign Policy
ResumoDesde o fim da Guerra Fria, os debates sobre o reordenamento do sistema internacional tem sido uma constante, trazendo diversos desafios para os Estados que se relacionam neste novo sistema e buscam estabelecer uma agenda positiva que responda a esta realidade e a seus dilemas internos. Assim, estamos diante de uma fase de reordenamento do poder mundial, na qual mais do que respostas, apresentam-se perguntas sobre os novos equilibrios que se construirao no medio e longo prazo. Aprofundando estas reflexoes e oferecendo um panorama sobre o tema, surge como essencial a publicacao do livro Neohegemonia Americana ou Multipolaridade? Polos de Poder e Sistema Internacional, organizado por Paulo Vizentini e Marianne Wiesebron. Editado pela Ed. UFRGS, consolidando sua tradicao na area, o livro e composto por uma coletânea de artigos e pertence a Serie Estudos InternacionaisNERINT/ILEA. Tais artigos originaram-se de Seminario realizado pelo Instituto Clingendale de Relacoes Internacionais de Haia, e representam um esforco conjunto de debate sobre os polos de poder do sistema, tentando responder a pergunta titulo: neohegemonia ou multipolaridade? O livro inicia-se com uma avaliacao de Immanuel Wallerstein sobre a neohegemonia, simbolizada na Doutrina Bush de carater preventivo e seus impactos como a Guerra do Iraque no texto “A Doutrina Bush: um ensaio interpretativo”. O fim da bipolaridade representou um ponto de inflexao e declinio para os EUA. A ascensao neoconservadora e suas politicas sao prova deste refluxo, inexistindo alternativas a este modelo. Esta ausencia e ressaltada por Paul Marie de La Gorce em “A Uniao Europeia face a unipolaridade e a multipolaridade”. A despeito da integracao, de iniciativas autonomas previas como o gaullismo falta a Europa (e a suas nacoes) uma postura assertiva, questionando-se a capacidade deste eixo e, mesmo, o vigor do bloco ocidental. RESENHA
Referência(s)