Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Usos e significados do conhecimento histórico em estudos organizacionais: uma (re)leitura do taylorismo sob a perspectiva do poder disciplinar

2013; Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas; Volume: 11; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s1679-39512013000100002

ISSN

1679-3951

Autores

Eloísio Moulin de Souza, Alessandra de Sá Mello da Costa,

Tópico(s)

Management and Organizational Studies

Resumo

O objetivo deste artigo é problematizar - por meio da ampliação dos usos e significados do conhecimento histórico proposta pela perspectiva da nova história e pela genealogia de Michel Foucault - abordagens de estudos organizacionais mais convencionais que assumem como objeto de pesquisa os grandes feitos de grandes homens da história da Administração. Nesse sentido, tem-se: (1) como foco principal de análise uma releitura da versão legitimada do taylorismo como acontecimento histórico diretamente responsável por um conjunto de preceitos e técnicas de racionalização do trabalho; e (2) como argumento central a premissa de que as "subversões" epistemológicas da história renovada e da genealogia possibilitam-nos ler esse acontecimento com outras lentes e identificar a obra de F. W. Taylor como inserida em um conjunto maior de práticas sociais disciplinadoras. Para alcançar esse propósito, o texto está organizado em três partes. Na primeira parte, expõe-se o significado de história para Michel Foucault, em seguida, analisa-se o movimento da história nova e suas convergências com a proposta de conhecimento histórico da genealogia. Por fim, na terceira parte, o taylorismo é repensado e analisado à luz da sociedade disciplinar.

Referência(s)