Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

A doença meningocócica em São Paulo, Brasil, no século XX: características epidemiológicas

2005; Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz; Volume: 21; Issue: 5 Linguagem: Português

10.1590/s0102-311x2005000500019

ISSN

1678-4464

Autores

José Cássio de Moraes, Rita Barradas Barata,

Tópico(s)

Vector-borne infectious diseases

Resumo

Este estudo analisa o comportamento epidemiológico da doença meningocócica na cidade de São Paulo, Brasil, ao longo do século XX. Utilizando dados de prontuários, atestados de óbito e do sistema de vigilância epidemiológica os autores descrevem a tendência secular da doença, sua variação sazonal, a distribuição espacial e por idade e sexo. A tendência secular mostra incidência constante nos períodos endêmicos, interrompida pela presença de epidemias. As quatro epidemias registradas durante o século XX ocorreram em momentos de graves perturbações sociais e foram produzidas pelos sorogrupos A, A e C, e B e C. A variação sazonal com exacerbação no outono/inverno mantém-se constante durante todo o século. A distribuição espacial acompanha os deslocamentos da população pobre no espaço urbano. A distribuição por idade e sexo mantém-se inalterada em todos os períodos endêmicos, mostrando maior risco entre os menores de um ano e decréscimos acentuados à proporção que aumenta a idade. Os períodos epidêmicos, com exceção do último, mostram alteração significante na distribuição etária, com aumento do risco entre jovens e adultos jovens, e ocorrência de casos em todas as faixas etárias.

Referência(s)