Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Linfoma adrenal primário bilateral com envolvimento do sistema nervoso central: relato de caso

2005; Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem; Volume: 38; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/s0100-39842005000300014

ISSN

1678-7099

Autores

Marcelo Souto Nacif, Gustavo Federico Jauregui, Ricardo Andrade Fernandes de Mello, Marcia L. Heizer, Carolina Benvegnu Nahime, Alair Augusto Sarmet Moreira Damas dos Santos,

Tópico(s)

CNS Lymphoma Diagnosis and Treatment

Resumo

Os autores demonstram os principais achados do linfoma adrenal primário nas tomografias computadorizadas (TC) de abdome e crânio e na ressonância magnética (RM) do crânio, apresentando um caso raro de um paciente do sexo masculino, 72 anos de idade, com progressiva deterioração do estado mental, evoluindo, num período de dois meses, com perda da memória recente, desorientação e, finalmente, franco quadro demencial. O paciente foi submetido a investigação por métodos de imagem com TC de crânio (sem administração venosa de contraste iodado), tórax e abdome (sem e com administração venosa de contraste iodado), e RM de crânio (antes e após a administração venosa de gadolínio). Na TC de crânio observaram-se áreas nodulares levemente hiperdensas, adjacentes aos ventrículos laterais. A TC de tórax não mostrou alterações relevantes. Na TC do abdome foram demonstrados nódulos sólidos em ambas as adrenais. A RM de crânio evidenciou impregnação difusa e nodular do epêndima do IV ventrículo, III ventrículo, cornos anteriores e temporais, átrios e corpo dos ventrículos laterais. O diagnóstico definitivo foi realizado através do estudo imuno-histoquímico da peça após biópsia da adrenal. Os autores concluíram, após revisão atualizada da literatura, que a TC e a RM são métodos essenciais na detecção e melhor avaliação de linfomas adrenais primários, principalmente quando associados a envolvimento do sistema nervoso central, e a RM mostra-se mais sensível para a detecção de lesões extracerebrais nos espaços epidural e subdural, principalmente após a administração venosa de gadolínio.

Referência(s)