
Frequência de sintomas no último ano de vida de idosos de baixa renda em São Paulo: estudo transversal com cuidadores informais
2011; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA; Volume: 14; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/s1415-790x2011000100007
ISSN1980-5497
AutoresJoão Paulo Consentino Solano, Márcia Scazufca, Paulo Rossi Menezes,
Tópico(s)Palliative Care and End-of-Life Issues
ResumoO crescimento da população idosa brasileira fez aumentar a prevalência de doenças crônicas e o número de pessoas sofrendo de diversos sintomas ao final da vida. Este estudo objetivou entrevistar cuidadores de idosos falecidos, investigando a presença, intensidade e duração de sintomas no último ano, e se os mesmos foram tratados. Arrolaram-se idosos por inquérito domiciliar de base populacional em setores de baixa renda do Butantã, São Paulo. Eram elegíveis os idosos falecidos durante o período de dois anos de seguimento. Oitenta e um cuidadores foram entrevistados entre três e 16 meses pós-óbito e responderam um questionário sobre onze sintomas. Os sintomas mais referidos foram dor (78%), fadiga (68%), dispnéia (60%), depressão e anorexia (58% cada). Dor, dispnéia e fadiga foram os mais intensos. Dor, fadiga e depressão duraram 6 meses ou mais. Ficaram sem tratamento 79% dos idosos com depressão, 77% daqueles com incontinência urinária e 67% daqueles com ansiedade. É necessário implementar conceitos e ações de cuidados paliativos para dar aos idosos mais dignidade e qualidade ao final da vida.
Referência(s)