Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Pesquisa Nascer no Brasil: perfil da mortalidade neonatal e avaliação da assistência à gestante e ao recém-nascido

2014; Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz; Volume: 30; Issue: suppl 1 Linguagem: Português

10.1590/0102-311x00133213

ISSN

1678-4464

Autores

Sônia Lansky, Amélia Augusta de Lima Friche, Antônio Augusto Moura da Silva, Deise Campos, Sônia Duarte de Azevedo Bittencourt, Márcia Lazaro de Carvalho, Paulo Germano de Frias, Rejane Silva Cavalcante, Antônio José Lêdo Alves da Cunha,

Tópico(s)

Child Nutrition and Water Access

Resumo

Estudo de coorte sobre a mortalidade neonatal na pesquisa Nascer no Brasil, com entrevista e avaliação de prontuários de 23.940 puérperas entre fevereiro de 2011 e outubro de 2012. Utilizou-se modelagem hierarquizada para análise dos potenciais fatores de risco para o óbito neonatal. A taxa de mortalidade foi 11,1 por mil; maior nas regiões Norte e Nordeste e nas classes sociais mais baixas. O baixo peso ao nascer, o risco gestacional e condições do recém-nascido foram os principais fatores associados ao óbito neonatal. A inadequação do pré-natal e da atenção ao parto indicaram qualidade não satisfatória da assistência. A peregrinação de gestantes para o parto e o nascimento de crianças com peso < 1.500g em hospital sem UTI neonatal demonstraram lacunas na organização da rede de saúde. Óbitos de recém-nascidos a termo por asfixia intraparto e por prematuridade tardia expressam a evitabilidade dos óbitos. A qualificação da atenção, em especial da assistência hospitalar ao parto se configura como foco prioritário para maiores avanços nas políticas públicas de redução das taxas e das desigualdades na mortalidade infantil no Brasil.

Referência(s)