Uso de derivativos em empresas não-financeiras listadas em bolsa no Brasil
2007; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 42; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/s0080-21072007000100009
ISSN1984-6142
AutoresRichard Saito, Rafael Felipe Schiozer,
Tópico(s)Banking stability, regulation, efficiency
ResumoNeste artigo sao apresentados os resultados de uma pesquisa sobre o uso de derivativos realizada em 74 das principais empresas brasileiras nao-financeiras de capital aberto. A proporcao de empresas que usam derivativos no Brasil nao e significativamente diferente da que foi observada em paises como Estados Unidos, Reino Unido, Hong Kong, Cingapura e Suecia, mas e menor do que a observada na Alemanha. A exemplo do que foi verificado nos Estados Unidos e na Alemanha, as evidencias sugerem que os gestores de empresas nao-financeiras brasileiras usam derivativos principalmente com o proposito de gerenciar risco, e nao com fins especulativos. Foram verificados efeitos de economia de escala no uso de derivativos, e o uso de derivativos por classes de risco no Brasil segue os padroes internacionais, ou seja, a classe de exposicao mais comumente gerenciada com derivativos e a cambial, seguida pelo risco de taxas de juros, de commodities e outros. Apesar da alta volatilidade dos mercados brasileiros, as preocupacoes principais dos gestores de risco brasileiros estao mais ligadas as questoes do arcabouco legal e institucional do que aos aspectos economico-financeiros, diferentemente do encontrado em outros paises.
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