
O positivismo e a República
2004; UFU Faculty of Law Magazine; Volume: 99; Linguagem: Português
10.11606/issn.2318-8235.v99i0p3-33
ISSN2318-8235
Autores Tópico(s)Brazilian History and Foreign Policy
ResumoNo presente artigo, abordamos a influência do Positivismo na implantação do sistema republicano no Brasil, em novembro de 1889. Tratamos do ambiente político e cultural dos derradeiros tempos do Império, aludindo ao surto das idéias novas, consubstanciadas no Positivismo de Augusto Comte, e no Evolucionismo de Herbert Spencer. Abordamos a obra dos primeiros positivistas brasileiros, referindo-nos apenas aos “não-ortodoxos”, vale dizer, àqueles que, sem embargo de seguir em linhas gerais as idéias de Comte, não integravam o “Apostolado Positivista do Brasil”. E demonstramos que, se o Positivismo, enquanto doutrina, forneceu o “substractum” doutrinário para a implantação entre nós do sistema republicano, não tiveram, entretanto, os “positivistas ortodoxos” qualquer participação ativa na derrubada do Império. Ela foi o fruto da pregação de Benjamin Constant Botelho de Magalhães, um “não-ortodoxo”, na Escola Militar. Esta pregação produziu o braço armado que derrubou a Casa de Bragança. Implantada a República, os “positivistas ortodoxos” aderiram a ela.
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