
Distribuição geográfica e características epidemiológicas da leishmaniose tegumentar americana em áreas de colonização antiga do Estado do Paraná, Sul do Brasil
2008; Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz; Volume: 24; Issue: 6 Linguagem: Português
10.1590/s0102-311x2008000600010
ISSN1678-4464
AutoresWuelton Marcelo Monteiro, Herintha Coeto Neitzke-Abreu, Maria Valdrinez Campana Lonardoni, Thaís Gomes Verzignassi Silveira, Maria Eugênia Moreira Costa Ferreira, Ueslei Teodoro,
Tópico(s)Trypanosoma species research and implications
ResumoAnalisa-se a epidemiologia da leishmaniose tegumentar americana em municípios das mesorregiões norte central, centro ocidental e noroeste do Estado do Paraná, Brasil. O diagnóstico dos casos de leishmaniose tegumentar americana foi realizado na Universidade Estadual de Maringá, de 1987 a 2004. Conforme o provável local de infecção, os casos foram divididos em autóctones (infectaram-se no domínio doméstico) ou alóctones (infectaram-se fora do domínio doméstico). Observou-se que em todos os anos do período houve atendimento de casos provenientes das mesorregiões supracitadas. Os municípios com maior número de casos notificados foram Maringá (458), Doutor Camargo (126), São Jorge do Ivaí (121), Terra Boa (114), Cianorte (98) e Colorado (95). De 1.938 casos, 66,9% eram do sexo masculino. Entre 667 casos autóctones, o número de mulheres afetadas pela doença foi semelhante ao de homens, com casos em menores de cinco anos de idade, fatos que não ocorreram entre os 794 casos alóctones. As condições necessárias à produção da leishmaniose tegumentar americana foram criadas no processo de construção do espaço rural das mesorregiões em pauta, particularmente no modelo de colonização e na crise da monocultura cafeeira.
Referência(s)