Fenomenologia do poder
2011; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL; Volume: 11; Issue: 3 Linguagem: Português
10.15448/1984-7289.2011.3.10061
ISSN1984-7289
Autores Tópico(s)Social and Economic Solidarity
ResumoNas ciencias sociais, e possivel se deparar com diversas concepcoes de poder, de modo que encontrar uma definicao abrangente para esse fenomeno se revela tarefa particularmente dificil. O filosofo Friedrich Nietzsche, como se sabe, ve na vontade enquanto “vontade de poder” a forca motriz originaria do homem. Conforme Nietzsche, os filosofos estao especialmente predestinados a aplicar sua vontade criativamente, pois: “seu ‘conhecer’ e criar, seu criar e uma legislacao, sua vontade de verdade e – vontade de poder” (Nietzsche, 1993 [1886], p. 145). Aquele que com exito manifesta a vontade de poder e “o destoante, o homem para alem do bem e do mal, o senhor de suas paixoes” (ibidem, p. 147). E no individuo, portanto, que Nietzsche ve a origem do potencial para o exercicio do poder, o que ja nos sugere a questao sobre seu fundamento subjetivo. Ao mesmo tempo se mostra interessante investigar ate que ponto esse individuo, em sua constituicao, e determinado por estruturas de poder socialmente instituidas. Em primeiro lugar apresentarei diferentes concepcoes de poder, as quais me permitirao, em seguida, demonstrar a particularidade de uma perspectiva fenomenologica. Desde um ponto de vista sociologico e fenomenologico, sera proposto um conceito de poder que, na analise da posicao do sujeito nos contextos interacionais, estabelece uma ligacao entre a subjetividade do individuo agente e a coletividade, e o social. Para isso utilizarei como amparo teorico, sobretudo, as reflexoes de Alfred Schutz, de Peter L. Berger e Thomas
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