
Homicídios juvenis e informalidade em um município brasileiro da tríplice fronteira Brasil, Paraguai e Argentina
2012; Pan American Health Organization; Volume: 31; Issue: 5 Linguagem: Português
10.1590/s1020-49892012000500005
ISSN1680-5348
AutoresLuciano de Andrade, Oscar Kenji Nihei, Sandra Marisa Pelloso, Maria Dalva de Barros Carvalho,
Tópico(s)Indigenous Health and Education
ResumoOBJETIVO: Analisar a distribuição espacial da mortalidade juvenil por homicídio para o sexo masculino no Município de Foz do Iguaçu (Estado do Paraná), situado na tríplice fronteira Brasil, Paraguai e Argentina, no período de 2000 a 2007. MÉTODOS: Os dados foram obtidos no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os programas ArcGIS® 9.2 e GeoDaTM foram utilizados para analisar 873 óbitos distribuídos em 11 áreas de expansão demográfica (AEDs). RESULTADOS: Constatou-se uma autocorrelação espacial negativa (I = -0,3563; P = 0,0250), demonstrando altas taxas de homicídio em todas as AEDs, mas dissimilares entre si. Dentre 14 diferentes indicadores socioeconômicos, a ocupação no setor informal e a ocupação no setor formal apresentaram autocorrelação espacial negativa (I = -0,2574; P = 0,0360) e positiva (I = 0,2574; P = 0,0310), respectivamente, indicando que quanto maior o número de empregos informais em uma determinada AED menor a taxa de homicídios nas AEDs vizinhas. Identificaram-se nesse estudo altas taxas de homicídios juvenis, ocupação informal e importação de homicídios juvenis de outras AEDs para a AED 6, próxima à fronteira com o Paraguai. CONCLUSÕES: A elevada taxa de homicídios de jovens em algumas regiões do município é influenciada pelo alto grau de ocupação informal, indicando um grave problema social, que é o desemprego associado à falta de qualificação profissional.
Referência(s)