Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Psicologia e desigualdade social: uma reflexão sobre liberdade e tranformação social

2009; Associação Brasileira de Psicologia Social; Volume: 21; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/s0102-71822009000300010

ISSN

1807-0310

Autores

Bader Burihan Sawaia,

Tópico(s)

Social and Economic Solidarity

Resumo

Por trás da desigualdade social há sofrimento, medo, humilhação, mas há também o extraordinário milagre humano da vontade de ser feliz e de recomeçar onde qualquer esperança parece morta. A Psicologia tem o dever de resguardar essa dimensão humana nas análises e intervenções sociais, desmentindo as clássicas imagens dos desvalidos contentando-se em se conservarem vivos. Assim, ela colabora com o aperfeiçoamento de políticas sociais, evitando mecanismos de inclusão social perversa. A concepção de afeto de Espinosa e a de liberdade de Vigotski são pressupostos importantes: um afeto que é a base da ética e da política; uma liberdade que exige a ação coletiva e não se confunde com livre-arbítrio, tendo por base a criatividade e a imaginação. Nessa perspectiva, um dos desafios do combate à desigualdade social é elucidar o sistema afetivo/criativo que sustenta a servidão nos planos (inter)subjetivo e macropolítico, para planejar uma práxis ético/estética de transformação social.

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