Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Análise da pele de três espécies de peixes: histologia, morfometria e testes de resistência

2003; Sociedade Brasileira de Zootecnia; Volume: 32; Issue: 6 suppl 1 Linguagem: Português

10.1590/s1516-35982003000700003

ISSN

1806-9290

Autores

Maria Luiza Rodrigues de Souza, Doroty Mesquita Dourado, Silmara D. Machado, Daniele F. Buccini, Maria Inês A. Jardim, Rosemary Matias, Celso Correia, Isabel C.F.R. Ferreira,

Tópico(s)

Textile materials and evaluations

Resumo

O objetivo deste trabalho foi analisar a pele de três espécies de peixes (piavuçu Leporinus macrocephalus, pacu prata Mylossoma sp e piraputanga Brycon hilarii) através de análise histologica e morfometrica e testes de resistência após o curtimento. Amostras de peles da região dorsal foram coletadas, fixadas em Bouin por 24 horas, incluídas em parafina, cortadas em 5 µm de espessura e coradas por Hematoxilina-eosina. Os cortes foram analisados pela microscopia de luz. Foi utilizado o dinamômetro EMIC para a análise físico-mecânica do couro em 10 amostras no sentido longitudinal a partir da região dorsal do peixe de cada espécie. A derme desses peixes possui um padrão estrutural comum aos teleósteos, porém a disposição e distribuição das fibras colágenas apresentaram-se diferentes entre as espécies analisadas. Através da análise morfométrica constatou-se que a espessura da derme da pele diferiu entre as três espécies. Não houve diferença no teste de resistência à tração no couro da piraputanga (16,88 N/mm²) e piavuçu (18,50 N/mm²). Os resultados para os couros destas duas espécies de peixes foram superiores ao pacu (11,83 N/mm²). O valor de alongamento até a ruptura foi superior para piavuçu (52,83%) e piraputanga (60,45%), não diferindo entre eles, porém foi inferior para o pacu (33,83%). O rasgamento progressivo foi maior no couro de pacu (36,51 N/mm). As peles das três espécies analisadas podem ser transformadas em couro para sua aplicação em diversos artefatos.

Referência(s)